Apesar deste blog ser mais direcionado para os carvalhos autóctones (Quecus sp.), a continuada substituição da nossa estrutura florestal - baseada em carvalhos, sobreiros, azinheiras e castanheiros, e mais recentemente pelo pinheiro-bravo - pelo eucalipto (Eucalyptus globulus) levantou-nos a seguinte questão: Qual é a dimensão deste fenómeno de "eucaliptização" das florestas autóctones?
Através de uma simples busca na internet, com dados mais ou menos atualizados (e mais ou menos fiáveis), percebemos que a expansão do eucalipto fora da sua zona autóctone - algumas regiões do Sul da Austrália e Tasmânia - ocorre principalmente na Península Ibérica, maioritariamente em Portugal continental.
Na nossa "pequena" área continental, ocorre cerca de 1/3 da distribuição mundial desta espécie.
Este post não é nenhum manifesto contra a utilização florestal intensiva desta espécie, mas o facto de hoje ser a nossa principal espécie florestal, de a sua área em Portugal ser equivalente ou superior ao da sua área natural, conjugados com o desordenamento da nossa floresta, são aspetos que poderão contribuir para regressão das espécies autóctones e para a diminuição da resistência aos fogos da nossa floresta.
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