sexta-feira, 29 de abril de 2011

Porque não se oferecem flores de carvalhos?

As flores dos carvalhos não são particularmente bonitas. Mas existe uma boa razão para tal.
As flores são as estruturas reprodutoras de muitas plantas. Nas plantas em que a polinização depende da acção dos insectos – polinização entomófila – ocorreram processos evolutivos que transformaram as flores em verdadeiras sedutoras de insectos, provendo-as de cores, aromas e néctares que atraem os polinizadores. As flores que tão bem conhecemos – rosas, orquídeas, malmequeres – são o resultado desta evolução conjunta insectos/plantas.
 Amentilhos masculinos de carvalho-negral

Os carvalhos são anemófilos, ou seja, o pólen é disperso pelo vento. Como a circulação do ar não distingue o “bonito” do “feio”, não se sente atraído por aromas e não se alimenta do néctar das flores, evolutivamente não ocorreram processos que “embelezaram” as flores, sendo estas pouco vistosas.
Pormenor das inflorescências masculinas de carvalho-negral

Os carvalhos são espécies monóicas, ou seja, na mesma planta existem flores masculinas e flores femininas. As femininas são muito pequenas, dificilmente distinguíveis. As flores masculinas distinguem-se bem, formando amentilhos que, dependendo da espécie, pendem na copa destas árvores entre Março e Julho.

sábado, 16 de abril de 2011

Bolotas a nascerem!

Em meados de Janeiro, semeei por volta de 35 bolotas em diferentes vasos e, até ao momento ainda só germinaram 8. Nas primeiras a germinarem, reparei numa coisa muito interssante. Quando fui reperar nos pequeninos carvalhos negrais que estavam num vaso, vi uma raiz com um tamanho e um diametro muito maior do que o da pequenina árvore, a sair por um dos buracos do vaso!

Perguntei-me tambem porque razão as bolotas nao tinham germinado todas na mesma altura dado que as planteei todas no mesmo dia. Quando as semeei nos vasos, estes ficaram em lugares distintos, com diferentes teores de humidade, luz solar e temperatura. Claro que as bolotas que germinaram primeiro foram as que estiveram sempre expostas ao sol e estavam sempre humidas!
Quercus pyrenaica
Quercus pyrenaica
Folhas do Quercus pyrenaica

terça-feira, 12 de abril de 2011

Como estão os carvalhos plantados em Outubro de 2010?

Estão óptimos!
A grande maioria sobreviveu ao Inverno e já "espevitaram" as suas folhas nesta Primavera.





Se forem vê-los à Portela (Vila do Carvalho) cuidado! Ainda são pequeninos e podem ser facilmente pisados.
Parabéns aos "plantadores"!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A germinação das bolotas

A exposição ao sol e a absorção de água  provoca um aumento de volume da bolota, provocando o rompimento do seu revestimento (tegumento).
Seguidamente, a radícula irrompe, originando uma pequena raíz que cresce em direcção ao solo.

Bolota no início da sua germinação: a radícula é a primeira estrutura a surgir no exterior

Olhando para uma bolota colocada num vaso e que esteja no início da sua germinação, nem sempre nos damos conta que este fenómeno já está a ocorrer pois a raíz forma-se antes de se observar qualquer estrutura aérea.
Nesta fase, ao tocarmos levemente na bolota, esta parece estar presa ao solo, sinal que a raíz já se encontra em desenvolvimento (não convém mexer na semente pois podemos danificar a pequena raíz).

Nesta bolota observa-se a raíz já bem desenvolvida, enquanto que a parte aérea começa a diferenciar-se

Posteriormente, o caulículo cresce, em sentido oposto ao da raiz (germinação epígea), o que vai originar o caule e as pequenas folhas.

sábado, 2 de abril de 2011

As primeiras folhas do carvalho-negral

As primeiras folhas são surpreendentemente diferentes do que se possa esperar.

As novas folhas de um velho carvalho-negral

Nas folhas jovens realçam-se os tons cinzentos e rosados. Uns dias mais tarde darão lugar a um característico tom verde-mate que tende a escurecer com a idade, sobretudo na página superior, mantendo-se a inferior mais clara e caracteristicamente tomentosa (com pêlos macios e densos).

As primeiras folhas de um carvalhito-negral no início do seu segundo ano de vida