sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

O nosso contributo para o Dia Mundial da Floresta Autóctone

Não houve aulas nesta manhã fria, chuvosa e com nevoeiro.

Ainda assim, ao invés de irem para um lugar mais quentinho, os "plantadores" não faltaram à sua missão… uma Serra da Estrela com mais floresta autóctone.

Quem por acaso ainda não compreendeu o interesse (e empenho) dos jovens para com o meio ambiente talvez fique um pouco mais esclarecido com esta atividade!!!

Por hoje ficam só algumas fotografias...brevemente atualizaremos este post com mais informações deste dia.














sábado, 7 de dezembro de 2019

Cidadania e Desenvolvimento - uma grande oportunidade para as bolotas e para a Educação Ambiental

Recentemente foi criada a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento no nosso sistema de ensino (para conhecer um pouco mais)

Esta disciplina é uma excelente oportunidade para o desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental nas escolas.

Tendo o Dia Mundial da Bolota "germinado" numa escola, o surgimento desta disciplina permite o alargamento das atividades que já realizamos e constitui uma oportunidade para o lançamento de novas ideias.

Ficam aqui algumas das atividades que pretendemos desenvolver (algumas já foram realizadas) ao longo deste ano letivo. Se vos faltarem ideias, aproveitem algumas destas.

Bom trabalho


1 - SAÍDAS DE CAMPO

Conjunto de atividades com deslocação e permanência em espaços naturais.

Atividades
Descrição
1.1 Recolha de bolotas
Recolha de sementes de carvalho-negral e sobreiro em locais próximos da Covilhã.
1.2 Plantação Escola Guardiã
Plantação de carvalhos-negrais e sobreiros, resultado dos workshops de sementeira realizados na E.B.1 do Rodrigo em 2018, com alunos dos 2º e 3º anos da E.B.1 do Rodrigo sob orientação técnica do ICNF.
1.3 Dia da Floresta Autóctone
Plantação de carvalhos-negrais e azinheiras em conjunto com técnicos do ICNF.
1.4 Plantações diversas
Plantação de carvalhos-negrais e sobreiros, resultado dos workshops de sementeira realizados na ESQP em 2018, sob orientação técnica do ICNF para reforço de povoamentos já instalados
1.5 Caminhadas
Organização e realização de percursos naturais interpretativos.
1.6 Na Natureza com Biólogos
Participação no trabalho de campo de Biólogos profissionais em estudos de impacto ambiental e/ou recenseamento do Lobo Ibérico.



2 – INICIATIVAS EM ESCOLAS / INSTITUIÇÕES

Conjunto de atividades desenvolvidas em escolas/instituições do concelho (ou concelhos próximos).

Atividades
Descrição
2.1 Workshops de sementeira de bolotas
Demonstração e execução de sementeira de bolotas em vasos dedicados para obtenção de carvalhitos para plantação no outono de 2020.
2.2 Hotéis de insetos
Formação de alunos da ESQP com técnicos da Associação Guardiões da Serra da Estrela para a construção de hotéis de insetos.
Workshops em escolas/instituições em que os alunos da ESQP capacitem alunos e restante comunidade educativa para a elaboração de hotéis de insetos.
2.3 Alimentadores de aves
Formação de alunos da ESQP com técnicos da Associação Guardiões da Serra da Estrela para a construção de alimentadores de aves.
Workshops em escolas/instituições em que os alunos da ESQP capacitem alunos e restante comunidade educativa para a elaboração de alimentadores de aves.
2.4 Carvalhos de interesse municipal
Elaboração de uma proposta à CMC no sentido de se identificarem e classificarem alguns carvalhos centenários como árvores classificadas.
2.4 Sobreiros de Natal
Elaboração de uma proposta à CMC no sentido de se plantarem sobreiros em rotundas para uma futura utilização como árvore decorativa.



3 – MULTIMÉDIA, CIÊNCIA E DIVULGAÇÃO

Produção de conteúdos de divulgação.

Atividades
Descrição
3.1 Bolotas multimédia
Elaboração de pequenos vídeos a partir de guiões previamente fornecidos sobre o DMB e aspetos técnicos, ambientais e científicos da floresta quercínea autóctone.
3.2 Bologta: a bolota que tem um blog
Publicação de posts no blog “Bologta: a bolota que tem um blog”.
3.3 Exposição itinerante
Produção de painéis informativos sobre os carvalhos autóctones portugueses para se construir uma exposição itinerante.
3.4 Experimentação científica
Implementação/continuidade de experiências de germinação de bolotas e plantação de carvalhitos para controlo de variáveis.
Divulgação de resultados científicos.
Candidaturas a concursos/projetos científicos.



4 – ATIVIDADES NA ESCOLA

Conjunto de atividades desenvolvidas com a comunidade educativa da ESQP.

Atividades
Descrição
4.1 Workshops de sementeira de bolotas
Demonstração e execução de sementeira de bolotas em vasos dedicados para obtenção de carvalhitos para plantação no outono de 2020.
4.2 Plantações na escola
Plantação de carvalhitos, resultado dos workshops de sementeira realizados na ESQP em 2018, nos espaços naturais da escola.
4.3 Workshops de plantação
Demonstração e execução de plantação de carvalhitos, resultado dos workshops de sementeira realizados na ESQP em 2018, nos espaços naturais da escola.
4.4 Cafés para bolotas
Recolha de borras de café para o desenvolvimento de substratos apropriados para sementeiras.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

E as bolotas de 2018 deram uns ricos carvalhitos!!!

As bolotas recolhidas em 2018 foram semeadas no início de 2019.

Para tal, realizámos uma série de workshops em que construíamos vasos específicos para bolotas a partir da reutilização de um resíduo (garrafas de plástico).

As bolotas foram semeadas e informou-se dos cuidados a ter na sua manutenção ao longo de todo o ano (rega, exposição solar, etc.).

Um bom aquecimento num dia bem fresquinho - aprender a cavar!

Algumas destas sessões foram orientadas por alunos do 10º ano da E. S. Quinta das Palmeiras para alunos do 1º, 2º e 3º anos da E. B. 1 do Rodrigo (Covilhã).

Os resultados foram bastante positivos, pois praticamente todas as bolotas semeadas originaram carvalhitos bem viçosos (carvalhos-negrais e sobreiros).

As técnicas quando bem executadas são sempre eficazes, independentemente da idade dos executantes!!!

Para se fazer bem, há que aprender bem...e com quem sabe!

Neste outono voltámos a meter mãos-à-obra e procedemos à plantação, com o precioso apoio técnico do ICNF (e com o indispensável apoio da C. M. Covilhã que assegurou os transportes) e procedemos à plantação numa zona da encosta Este da Serra da Estrela.

Cada aluno levou o seu carvalhito...
...e ajudou à sua plantação (é que as enxadas são bem pesadinhas).

Estas atividades, que envolveram várias entidades -  E. S. Quinta das Palmeiras, E. B. 1 do Rodrigo, ICNF, Associação Guardiões da Serra da Estrela e Câmara Municipal da Covilhã - encontram-se integradas num projecto extremamente interessante de Educação Ambiental - "Rodrigo, Escola Guardiã"...oportunamente divulgaremos mais informações sobre ele.

Vai um sobreirito?

Um nota final bastante importante... a atividade de plantação decorreu num local onde já tinham sido efetuadas outras plantações, sendo que a maioria das árvores foram plantadas onde outras não sobreviveram.

Para uma reflorestação eficaz e duradoura, este é um dos aspetos mais importantes - plantar e gerir. Só assim é que se assegura uma reflorestação a longo prazo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Dia Mundial da Floresta Autóctone

Ao longo desta semana têm sido desenvolvidas várias ações de requalificação ambiental no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Floresta Autóctone.

Amanhã será a vez de darmos o nosso contributo e plantarmos alguns dos carvalhitos criados no nosso bolotário.



sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Otidea alutacea - uma espécie fenomenal que se encontra em carvalhais

Durante a recolha de bolotas, no Dia Mundial da Bolota, entre sobreiros e carvalhos-cerquinhos, descobrimos um raro* fungo - Otidea alutacea (orelha-de-burro).

Esta espécie ocorre, geralmente, em habitats dominados por quercíneas (Quercus sp.). Apesar de não ser uma bolota, merece o nosso destaque pois...bem, vejam o vídeo e reparem como a orelha-de-burro interage connosco assim lhe "sopramos ao ouvido".


À "conversa" com Otidea alutacea

*raro na Península Ibérica, mas mais requente para o Norte.

domingo, 10 de novembro de 2019

10 de novembro, o Dia Mundial da Bolota

Comemora-se hoje o Dia  Mundial da Bolota.

Esta data é um pretexto para que todos possamos participar ativamente na recuperação das nossas florestas autóctones, os carvalhais.

Recolhê-las e semeá-las no campo ou em vasos, para plantar os carvalhitos no ano seguinte, é tão simples de realizar… e tão importante para a sustentabilidade dos nossos ecossistemas.

Bom Dia Mundial da Bolota!


"Todos os carvalhos desenvolvem-se a partir de uma bolota. É da germinação de muitas destas sementes que se formam os carvalhais. Se queremos participar na conservação da Natureza, necessitamos de recuperá-los. Basta para isso semearmos bolotas. Simples, não é?

Bastaria apenas um dia por ano em que recolhêssemos e semeássemos bolotas de espécies autóctones, diretamente no campo, ou as levássemos para casa e as colocássemos em vasos. No ano seguinte teríamos carvalhos para plantar. 

E quase que basta apenas um dia. Um dia em que a nossa insignificante ação local, na força que a união faz, seja um dia verdadeiramente mundial. Esse dia pode ser qualquer um... mas também pode ter data marcada.

Vamos fazer do dia 10 de novembro um dia de contributo para o nosso mundo. Vamos transformá-lo no Dia Mundial da Bolota."

Excerto do "Manifesto da Bolota" (in Manual da Bolota)






quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Bolotas escolhidas e acondicionadas

Após a recolha, tivemos que selecionar as melhores bolotas.

Para tal, colocaram-se as sementes em água e escolheram-se apenas as que não flutuaram.

Das que permaneceram no fundo, rejeitaram-se as que se apresentavam com buraquinhos, fungos ou outras imperfeições.

As sementes muito pequenas, comparativamente às restantes dessa mesma espécie de carvalho, também foram rejeitadas.

Pré-seleção por imersão em água

As boas bolotas ficaram no fundo

Seleção final - retiraram-se as furadas, com fungos ou demasiado pequenas

Cesto com terra (por baixo), camada de bolotas (no meio) e que foram posteriormente cobertas com mais uma camada de terra.

O acondicionamento foi feito de dois modo: em caixas no frigorífico;  em cestos, entre duas camadas de terra, que serão mantidas sempre húmidas.


Notas:

- As bolotas com sinais de germinação são selecionáveis;

- Se possível, as sementes rejeitadas deverão ser devolvidas ao carvalhal de origem ou a outro espaço natural pois são um bom alimento para muitas outras espécies.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Uma boa colheita...e desta vez não foram só bolotas!

Houve quem pensasse que não iriamos recolher bolotas devido ao mau tempo...mas como isto é um grupo muito determinado, decidimos enfrentar a chuva e o vento sem temor. E afinal foram mais as vezes em que se viram arco-íris do que as que houve necessidade de abrir um guarda-chuva.

Uma formação mista de carvalho-negral e pinheiro-bravo...e apanhadores de bolotas

Em zonas mais abertas é mais fácil recolher bolotas

Estes garrafões ainda não estavam cheios...mas no final já eram bem pesados

Para além de bolotas, também encontrámos o jantar
(nota: consumir cogumelos silvestre exige a identificação inequívoca das espécies)

O número total de bolotas será contabilizado brevemente.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Atividades para o Dia Mundial da Bolota...e outros dias

O estabelecimento de uma data comemorativa tem um grande efeito simbólico.

No entanto, a comemoração de um evento específico tem sempre um objetivo mais amplo. Na realidade, pretende-se uma chamada de atenção para um problema e encontrar um conjunto de soluções para ele.

O Dia Mundial da Bolota é mais do que uma data. É um pretexto para a união de esforços no sentido da preservação e recuperação da Natureza e Educação Ambiental.

Uma atividade de recolha de bolotas em 2018.

Na E. S. Quinta das Palmeiras (Covilhã), onde criámos esta efeméride, o Dia Mundial da Bolota já não se resume a apenas um dia, mas a um grande e amplo projeto de recuperação e Educação Ambiental.

E é já a partir de hoje que iremos iniciar as "comemorações"... e quase todos os dias teremos novidades (e vamos tentar arranjar um tempinho para as divulgarmos aqui). Vão seguindo!

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O Manual da Bolota 2019

Estamos cada vez mais próximos do Dia Mundial da Bolota - 10 de novembro - e mais uma vez disponibilizamos o Manual da Bolota, revisto novamente este ano, com algumas novidades.



Boas leituras...com muitas bolotas!

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Rodrigo Escola-Guardiã

A Escola Básica do 1º Ciclo do Rodrigo, na Covilhã, está a dar continuidade ao projeto "Rodrigo Escola-Guardiã", um projeto que pretende envolver alunos e alunas da escola em atividades ligadas à recuperação dos ecossistemas da Serra da Estrela.

Este projeto, que começou no ano letivo 2018/2019, pretende sensibilizar os mais pequenos para o património natural da Serra da Estrela, de forma a que os alunos criem a consciência de um Guardião que, com pequenos gestos, pode fazer a diferença na preservação do seu ambiente. Pretende-se aproximar as crianças da terra, das suas origens e dar-lhes a conhecer a biodiversidade da Serra, a sua beleza e grandiosidade.

Com as diferentes atividades, que se vão desenvolver ao longo do ano, os Mini-Guardiões poderão aprender, como ajudar a Serra da Estrela a ter um futuro melhor e poderão motivar os outros – colegas , amigos e família – a também serem Guardiões no seu dia-a-dia, porque todos devemos contribuir.



Estas atividades - reflorestação com espécies autóctones, controlo de espécies invasoras, monitorização de espécies e ecossistemas, recolha de lixo, entre outras - deverão contribuir para a conservação desses ecossistemas promovendo, em simultâneo, a Educação Ambiental das crianças participantes através da sua aproximação à Natureza e a uma mudança de perspetivas e comportamentos para com o mundo natural.

Vai uma ajudinha??? Comecem por consultar este link...vá lá, não sejam preguiçosos!!!

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Qual a melhor época para recolher bolotas?

Em 2010 publicámos um post relativo à melhor época de recolha das bolotas (ver post).

No entanto, a informação aí publicada não está totalmente coerente com o conteúdo do Manual da Bolota (ver manual), pelo que decidimos refazê-la.

Por "saudades dos velhos tempos", não alterámos a informação inicial. Serviu também para nos lembrar que já fomos umas bolotas pouco maduras nestes assuntos. Na época tínhamos pouco aprofundamento bibliográfico assim como alguma falta de prática.

Então vamos lá ao "novo" texto...

As diversas espécies de carvalhos (Quercus sp.) completam a maturação das suas sementes ao longo do outono. No entanto, a maturação não é simultânea para as diferentes espécies.

Bolotas bem madurinhas de carvalho-negral (Quercus pyrenaica) recolhidas em 05/11/2018


Acresce que o clima  as condições meteorológicas de cada ano podem atrasar ou adiantar a frutificação e que algumas espécies  produzem sementes em diferentes alturas.

Assim, é possível encontrarmos bolotas em Portugal continental de setembro..até fevereiro!

Mas ainda não respondemos à questão "Qual a melhor época para recolher bolotas?". De um modo geral, a melhor época e em que encontramos boas quantidades de bolotas maduras de todas as espécies é no final de outubro e início de novembro.

Já agora, uma sugestão...porque não recolher as bolotas durante a semana que antecede o Dia Mundial da Bolota? Ou até no próprio dia? Esta é que é mesmo a época ideal!

Boas colheitas!

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Vem aí o 11º Dia Mundial da Bolota - 10 de novembro

Dia Mundial da Bolota - 10 de novembro



Sem a influência do Homem, grande parte do nosso país seria um enorme carvalhal. Quando o percorremos, de Norte para Sul ou do litoral para o interior, observamos, com grande preocupação, que na maioria do território pouco ou nada existe destas florestas e bosques autóctones.

Os carvalhos desenvolvem-se a partir de bolotas. Se quisermos participar na conservação da Natureza e recuperar os carvalhais, temos apenas que semear bolotas. Simples, não é? Bastaria apenas um dia por ano em que recolhêssemos e semeássemos bolotas autóctones no campo, ou as levássemos para casa e as colocássemos em vasos. No ano seguinte teríamos carvalhos para plantar.

Esse dia já existe, é o Dia Mundial da Bolota, dia 10 de novembro!

Como se comemora o Dia Mundial da Bolota?

Esta data pode ser assinalada de diversas formas. As mais comuns têm sido a distribuição e sementeira de bolotas de carvalhos autóctones, mas outras atividades tais como caminhadas, workshops sobre sementeira e reflorestação, plantação de carvalhitos, concursos de fotografias ou até a confeção de alimentos com bolotas são sempre muito concorridas.

Mas este dia pode ser comemorado de qualquer outra forma (ou mesmo noutra data). O importante é que façamos algo que contribua para a proteção e requalificação da nossa floresta autóctone.

É necessária alguma inscrição?

Não é necessária nenhuma inscrição ou adesão oficial.

A comemoração desta data é feita livremente. É apenas um pretexto para a realização de atividades que promovam a conservação dos carvalhais autóctones de cada região... semeando bolotas, plantando pequenos carvalhos, entre muitas outras atividades. E em qualquer altura se pode comemorar o Dia Mundial da Bolota, desde que haja bolotas e/ou pequenos carvalhitos autóctones.

Encontra-se disponível algum material de apoio a esta iniciativa?

Sim.

Encontram-se disponíveis on-line alguns materiais de apoio para quem pretenda organizar a comemoração desta data, tais como:

O Manual da Bolota – um guia para conhecer melhor os objetivos e comemoração desta iniciativa e também os carvalhos autóctones portugueses link


Sementeira de bolotas em vasos – um guião simplificado para a dinamização de workshops sobre sementeira de bolotas em vasos ou outros recipientes link


O Dia Mundial da Bolota em vídeo – um pequeno vídeo explicativo desta iniciativa link

Links de apoio à comemoração do Dia Mundial da Bolota – uma compilação de links do nosso blog link

Pacotinhos para as bolotas – um ficheiro editável para a construção de pacotinhos para as bolotas (link) e respetivas instruções (link


As atividades do Dia Mundial da Bolota adequam-se aos Projetos Educativos / Plano Anual de Atividades das escolas?

Plenamente!

Apesar desta iniciativa ser aberta a toda a comunidade, ela tem particular relevância nas escolas. Facilmente se adequa a disciplinas como “Cidadania e desenvolvimento”, particularmente nos domínios “Desenvolvimento sustentável”, “Educação Ambiental” e “Voluntariado”. A origem desta iniciativa foi na Escola Secundária Quinta das Palmeiras (Covilhã), tendo já sido replicada em centenas de outras escolas, desde o pré-escolar atá ao ensino secundário com resultados muito positivos.

Adiram ao Dia Mundial da Bolota!

A vossa ação é fundamental para construirmos um ambiente melhor!

Dia Mundial da Bolota - 10 de novembro


quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Distribuição mundial do eucalipto (Eucalyptus globulus)

Apesar deste blog ser mais direcionado para os carvalhos autóctones (Quecus sp.), a continuada substituição da nossa estrutura florestal - baseada em carvalhos, sobreiros, azinheiras e castanheiros, e mais recentemente pelo pinheiro-bravo - pelo eucalipto (Eucalyptus globulus) levantou-nos a seguinte questão: Qual é a dimensão deste fenómeno de "eucaliptização" das florestas autóctones?


Através de uma simples busca na internet, com dados mais ou menos atualizados (e mais ou menos fiáveis), percebemos que a expansão do eucalipto fora da sua zona autóctone - algumas regiões do Sul da Austrália e Tasmânia - ocorre principalmente na Península Ibérica, maioritariamente em Portugal continental.


Na nossa "pequena" área continental, ocorre cerca de 1/3 da distribuição mundial desta espécie.

Este post não é nenhum manifesto contra a utilização florestal intensiva desta espécie, mas o facto de hoje ser a nossa principal espécie florestal, de a sua área em Portugal ser equivalente ou superior ao da sua área natural, conjugados com o desordenamento da nossa floresta, são aspetos que poderão contribuir para regressão das espécies autóctones e para a diminuição da resistência aos fogos da nossa floresta.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Greve climática estudantil

Hoje, 24/05/2019, decorre a greve climática estudantil.


Cartaz de alunos da E. S. Q. P.

Greve climática estudantil na Covilhã: 10:30, entrada Pólo Principal da U. B. I. - link

terça-feira, 7 de maio de 2019

Os nossos bolotários estão de muito boa saúde!

Lembram-se do guião que elaborámos para a dinamização de sementeiras de bolotas em vasos (aceder aqui ao post)?

Os resultados começam agora a surgir e nos nossos bolotários - os infantários das bolotas - os pequenos carvalhitos já se encontram a espreitar.

Carvalhitos em alvéolos com várias espécies autóctones.

Carvalho-negral, carrasco, sobreiro e azinheira.
Nos vasos mais "técnicos", os tabuleiros alveolares, as taxas de germinação têm variado consoante a espécie e o tipo de solo utilizado.

Nos vasos construídos a partir da reutilização de garrafas de plástico, devido ao maior volume de solo, o desenvolvimento dos carvalhitos é maior.

Carvalhitos em vasos construídos a partir da reutilização de garrafas de plástico.

Como as garrafas permitem um maior volume de solo, o desenvolvimento dos carvalhitos também é maior.

Como na nossa escola os alunos já são mais velhos (ensino básico e secundário), e contamos com muitos anos de experiência nestas sementeiras, o sucesso do crescimento dos carvalhitos já não nos surpreende, verificando-se uma taxa de sucesso entre 80-90%, e ainda estamos no início de maio.

Bolotário da E. B. do Rodrigo (Covilhã)
Mas este ano também realizámos uma grande sementeira numa escola primária* e fomos lá contar...em 146 vasos só ainda não se observa um carvalhito em 17, ou seja, perto de 90% de êxito!

Estes carvalhitos são especiais pois foram semeados por alunos do primeiro ciclo...e são a prova de que utilizando os procedimentos corretos os resultados são excepcionais!


* Projeto Escola Guardiã (futuramente publicaremos mais informações sobre este projeto)

terça-feira, 23 de abril de 2019

Intervenção ambiental com os Guradiões da Serra da Estrela e reportagem da RTP

O movimento cívico Guardiões da Serra da Estrela, criado em 2017, tem sido dos mais ativos na preservação e requalificação ambiental da Serra da Estrela.

Muitas das atividades do Dia Mundial da Bolota que desenvolvemos aqui na Covilhã tiveram uma interligação intensa e permanente com os Guardiões, resultando numa série de atividades conjuntas... ...que publicaremos brevemente.

Uma destas intervenções ambientais decorreu no dia 26 de fevereiro, na Mata Nacional da Covilhã, com o apoio técnico do ICNF e com uma grande participação de alunos da nossa escola (E. S. Quinta das Palmeiras).



Esta atividade contou com a presença de uma equipa de reportagem da RTP, tendo sido emitida no dia 17 de abril de 2019 no programa Praça da Alegria (RTP 1).

Fica aqui o link para mais tarde recordar.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Ação de reflorestação - 15 de fevereiro de 2019, Cortes do Meio, Serra da Estrela

Deixamo-vos aqui a divulgação de mais um evento de reflorestação...que nunca são demais!



Participem!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Um carvalho da Canárias que nunca foi a Tenerife...

O carvalho-de-monchique é mais um dos nossos carvalhos autóctones cujo nome científico - Quercus canariensis - lhe foi atribuído devido a um equívoco.

O "culpado" foi, novamente, o botânico alemão Carl Ludwing von Willdenow. Ao descrever esta espécie com base em exemplares secos de herbário, não pode comprovar in loco a origem dos espécimes, tal com lhe tinha sucedido aquando da classificação do carvalho-negral.

Carvalho-de-monchique (Quercus canariensis)

Por erro próprio, ou por confiar na indicação da etiqueta que referia a proveniência da ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, atribuiu-lhe o epíteto "canariensis", apesar desta espécie não ocorrer naquelas ilhas.

Mas esta história poderá ainda ter um outro "responsável" e nem tudo é "culpa" de Carl Willdenow. É que as amostras foram herborizadas, e provavelmente incorretamente etiquetadas, pelo médico e naturalista francês Pierre Marie Auguste Broussonet.

Carl Ludwing von Willdenow (1765-1812) - fonte "Wikipédia"

Na verdade, os espécimes eram provenientes de Marrocos. E assim, em vez de Quercus canariensis talvez lhe tivesse sido atribuída uma designação mais árabe ou africana!

Apesar deste equívoco, atualmente aceita-se a designação Quercus canariensis Willd. (1809).

Pierre Marie Auguste Broussonet (1761-1807) - fonte "histoire-medecine.fr"

Mas esta espécie é também referida com outras designações. Na "Flora de Portugal", de António Xavier Pereira Coutinho, surge como Quercus salzmanniana. Ainda não descobrimos a origem do epíteto "salzmanniana" atribuído em 1935... teremos que investigar um pouco mais.

Um outro nome, atribuído em 1864, é Quercus lusitanica subsp. baetica, considerando este carvalho como uma subespécie de carvalho-cerquinho. Talvez a origem deste nome se deva ao facto da folha apresentar algumas semelhanças com a do carvalho-cerquinho (Quercus faginea, mas anteriormente designado Quercus lusitanica) e se distribuír principalmente na Andaluzia ocidental, junto às montanhas dado "Sistema Bético".

Carvalho-cerquinho (Quercus faginea atualmente, mas anteriormente Quercus lusitanica)

Nome científico: Quercus canariensis Willd. (1809).
Sinónimos: Quercus salzmanniana Webb (1935); Quercus lusitanica subsp. baetica Webb (1864)

Nomes comuns: Carvalho-de-monchique, carvalho-das-canárias, carvalheira* (português);
    Quejigo, quejigo andaluz, roble andaluz (castelhano);
    Roure africà, roture africà - este último nome surge em "Flora Ibérica", mas pensamos ser um erro de impressão, sendo correto o termo para carvalho "roure" (catalão).

* No concelho de Monchique surge a designação "carvalheira" para esta árvore.