quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ajudem-nos a melhorar com as vossas experiências!

Um dos objetivos do Dia Mundial da Bolota consiste em que as escolas, trabalhando em rede, possam ser um motor de mudança para uma nova atitude relativamente ao ambiente, mais ativa e interventiva.

A germinação de bolotas, os cuidados que os carvalhitos necessitam e a dinamização de atividades colocam-nos sempre alguns problemas, sendo a inexperiência, talvez, a principal.
Uma das formas de futuramente contornar esta dificuldade será a partilha de experiências sobre o que correu bem e o que se poderá melhorar. Outro aspeto a partilhar serão as condições de germinação que poderão variar de espécie para espécie, tipo de solo, localização geográfica, entre outros. 
Mais uma ajudinha para o nosso bolotário - carvalhos germinados em casa de uma aluna
Neste sentido, foi pedido a cada escola aderente um pequeno texto para ser publicado neste blog. Deste modo, todos poderemos aprender com todos e ajudar aqueles que de futuro queiram aderir a esta iniciativa. As vossas experiências também contribuirão para que o Manual da Bolota - 2012 - possa ser melhorado.
No entanto, este pedido de colaboração não se restringe às escolas aderentes... qualquer pessoa que tenha alguma experiência na germinação de bolotas e desenvolvimento de carvalhos (nem que seja apenas uma bolota!) poderá enviar-nos um pequeno texto (fotografias opcionais) que teremos todo o gosto em publicar. Bolota a bolota... vamos aprendendo um pouco mais!
Brevemente, iremos publicar um "mini-relatório" com o trabalho desenvolvido este ano. Como germinamos bolotas desde 2007, e porque temos alunos do ensino secundário a dinamizar este projeto, temos alguns resultados experimentais algo extensos, contudo a partilha de resultados e opiniões são importantes e necessários, por muito simples que sejam.

Desde já, muito obrigado a todos.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

"Bolotinhas" de verão

As bolotas atingem o seu estado de maturação entre setembro e novembro, consoante a espécie e as condições ambientais. A formação destas sementes inicia-se na primavera, com a fecundação da oosfera, crescendo à custa dos compostos orgânicos produzidos por fotossíntese nas folhas, especialmente durante o verão.


No primeiro dia desta nova estação deixamos algumas imagens de bolotas de carvalho-negral, ainda muito imaturas, mas cheias de vontade de crescer. Reparem que a "cúpula" e o "aquénio", apesar de muito pouco desenvolvidos, já revelam a sua forma futura.


Do ponto de vista genético, estas sementes são diferentes dos carvalhos em que se encontram, pois resultam de reprodução sexuada. São entidades genéticas únicas, cada uma delas um novo ser vivo, ainda que apenas num estado embrionário muito pouco desenvolvido.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

50.000 visualizações!

No final do dia 7 de junho o nosso contador de visitantes atingiu as 50.000 visualizações (os acessos do administrador e restantes autores não são contabilizados).

Este blog foi criado no dia 19 de Novembro de 2009. No entanto, a contagem das visualizações de página iniciou-se apenas a 1 de Julho de 2010, ou seja, há cerca de 2 anos.

A maioria dos acessos provém de Portugal (cerca de 35.000) e do Brasil (cerca de 12.000), havendo também centenas de acessos provenientes dos Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha, Rússia e Itália… talvez seja este o primeiro passo para a internacionalização do Dia Mundial da Bolota.


Muitos visitantes contactam-nos através do nosso e-mail, procurando informações sobre a germinação de bolotas,  reflorestação com carvalhos ou como implementar projectos de educação ambiental em escolas. A consulta do Manual da bolota e o Dia Mundial da Bolota têm também contribuído para as consultas ao blog.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O carrasco do nosso bolotário

O carrasco (Quercus coccifera) é um arbusto que se encontra um pouco por todo o país, com exceção do Minho e Douro Litoral. Na Beira Baixa pode ser encontrado em regiões de elevada influência mediterrânea. Nunca o encontrámos na Covilhã. Como queríamos ter mais uma espécie de Quercus na nossa escola, semeámos algumas bolotas recolhidas perto de Condeixa-a-Nova. Queríamos também averiguar até que ponto as condições climatéricas da nossa cidade permitiriam a germinação destas sementes.

Quercus coccifera - exemplar único ou o primeiro de muitos?

Após uma longa espera, eis que há cerca de duas semanas, o primeiro (e até agora único) carrasco despontou. Ainda nos parece um pouco cedo para retirar conclusões fiáveis... outros carrascos poderão ainda despontar. Mas esta espécie consegue germinar na Covilhã. No entanto, em cerca de vinte sementes, apenas uma teve sucesso. Talvez o frio e a geada tenham um significativo papel inibidor do seu desenvolvimento.

Convém sublinhar que a germinação de uma bolota não implica o sucesso de um carvalho. O estio e os próximos rigores invernais irão determinar a sobrevivência deste espécime. Mas ainda que vingue por cá, teremos que analisar outro aspeto fundamental... será capaz de se reproduzir e originar descendência? Aguardemos... mais alguns anos...

domingo, 3 de junho de 2012

Habitat e distribuição dos castanheiros (Castanea sativa)

Os castanheiros (Castanea sativa) têm como habitat lugares frescos de regiões montanhosas. Atingem os 1800m de altitude, desenvolvendo-se, geralmente, em solos siliciosos e soltos.
Os castanheiros são originários dos Balcãs, Ásia menor e Cáucaso. Foram introduzidos noutras regiões devido ao seu fruto, tais como a região mediterrânea, o centro e oeste da Europa, Canárias, Madeira, Açores. Na Península Ibérica encontra-se em toda a região Norte (rara nos Pirinéus) e ao longo das montanhas do centro e do Sul.
Nota: o estudo de grão de pólen com alguns milhares de anos sugerem que esta espécie pode ser autóctone da Península Ibérica.

Bibliografia: Flora ibérica
                  Portugal-Atlas do Ambiente


Nota: o castanheiro não produz bolotas, mas é uma espécie da mesma família dos carvalhos (Fagaceae). Partilha com eles várias semelhanças morfológicas, anatómicas e ecológicas. Em muitos locais os castanheiros e os carvalhos-negrais ocupam os mesmos habitats.

sábado, 2 de junho de 2012

Habitat e distribuição do carvalho-de-monchique (Quercus canariensis)


O carvalho-de-monchique (Quercus canariensis) constitui bosques de pequenas dimensões, podendo ser encontrado juntamente com sobreiros, carvalhos-negrais e outras espécies. Este carvalho tem preferência por solos siliciosos e descarbonatados.
Normalmente, encontra-se até aos 700m de altitude e em casos mais raros até aos 1000m.
Esta árvore distribui-se pelo Sul e Este da Península Ibérica e noroeste de África, em enclaves frescos e abrigados, tais como na serra de Monchique, Andaluzia ocidental, Serra Morena e na Catalunha.

(Acedo C. 2004)

Referências:
Acedo C., 2004. Taxonomia del gereno Quercus
Flora Iberica
Portugal - Atlas do Ambiente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Habitat e distribuição do carrasco (Quercus coccifera)


O carrasco (Quercus coccifera) é um arbusto que habita terrenos calcários, secos, pedregosos e, com menor frequência, terrenos com maior teor em sílica. Esta espécie forma matos densos e intrincados, encontrando-se em altitudes entre os 0 e os 1200m, que em muitos casos representam formações secundárias resultantes da degradação de azinhais.
O seu habitat natural localiza-se nas regiões mediterrânicas, especialmente na zona ocidental. Esta espécie constitui uma parte importante da vegetação do Sul e Este da Península Ibérica, sendo raro encontrá-los noutra zona da Península. 


                                                                (Acedo C.,2004)
Bibliografia:
- Acedo C., Taxonimia del genero Quercus
- Flora Iberica
- Portugal - Atlas do Ambiente