quarta-feira, 29 de junho de 2011

20.000 visitantes!!!

Hoje, dia 29 de Junho de 2011, o nosso contador de visitantes atingiu as 20.000 visualizações (os acessos do administrador e restantes autores não são contabilizados).
Este blog foi criado no dia 19 de Novembro de 2009. No entanto, a contagem das visualizações de página iniciou-se apenas a 1 de Julho de 2010, ou seja, há cerca de 1 ano.
A maioria dos acessos provém de Portugal (cerca de 13.000) e do Brasil (cerca de 5.600). Muitos visistantes contactam-nos através do nosso e-mail, procurando informações sobre a germinação de bolotas, reflorestação com carvalhos ou como implementar projectos de educação ambiental em escolas.

20.000 visiatntes em cerca de 1 ano

A todos que nos consultam, e aos quais esperamos ser úteis, o nosso muito obrigado!

sábado, 25 de junho de 2011

Reenvasamento dos carvalhitos

No nosso bolotário alguns dos bolotões foram o berço de mais do que um carvalhito. Como este ano não recolhemos muitas bolotas, pois os carvalhos-negrais da Covilhã não produziram muitas, e de modo a que cada carvalhito tenha o seu próprio vaso de onde poderá retirar mais nutrientes e água, procedemos ao seu reenvasamento, em vasos (reutilizámos garrafas de 1,5l) em que aumentámos o volume de solo.

Reenvasamento de carvalhos

Este procedimento teve ainda outro objectivo... durante este Verão as raízes terão mais solo e, como tal, terão um maior reservatório de água, tendo menos hipótese de desidratação. Quando os plantármos na Serra da Estrela, no Outono, este solo extra servirá também como elemento estabilizador que deverá permitir uma melhor aclimatização das pequenas árvores ao seu novo meio.

Manipulação cuidadosa das pequenas árvores

No entanto há que ter alguns cuidados no reenvasamento. As raízes deverão ser manipuladas com muito cuidado. Mesmo que aparentemente não parecem ocorrer estragos, grande parte das estruturas funcionais destes órgãos são microscópicas, sofrendo sempre danos com estes procedimentos.

Malta alegre e trabalhadora!

Outro aspecto absolutamente fundamental é assegurar que as raízes fiquem o menor tempo possível expostas ao ar (apenas deverão ficar expostas as raízes quando pretendemos separar árvores que se desenvolveram no mesmo recipiente). Devem ser colocadas em terra logo que possível e imediatamente regadas. Se ocorrer uma desidratação severa, que numa raíz exposta ao ar ocorre em pouquíssimos minutos, a planta poderá morrer.

Estes reenvasadores cumpriram todas as normas de higiene: bata e luvas para um trabalho mais asseado!

Resumindo, uma manipulação cuidadosa mas rápida e uma boa hidratação possibilitam que o reenvasamento seja benéfico, proporcionando um habitat onde os carvalhitos mais se desenvolverão muito melhor.

O nosso bolotário, agora com mais vasos

sábado, 18 de junho de 2011

Hoje finalmente tive um tempinho para tratar das bolotas.

Depois da aula de Terça-feira, em que estivemos a colocar os pequenos carvalhos em vasos maiores para que possam crescer mais 'saudáveis', resolvi fazer o mesmo cá em casa. Como tinha vários carvalhos a desenvolver-se numa mesma garrafa cortada ao meio, resolvi separá-los e colocá-los cada um em seu vaso ou garrafa, assim as suas raízes nao têm de andar a 'chocar' e a 'lutar' por água ou nutrientes, para além de que têm mais espaço estando sozinhas.

Deixo a dica e façam todos o mesmo, assim, em Setembro, teremos mais e melhores carvalhos para plantar na Serra da Estrela.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um insecto "assustador" mas completamente inofensivo

O lucano ou cabra-loura (Lucanus cervus) é um insecto muito associado aos carvalhais.
O seu aspecto "terrível" esconde por completo o facto de ser totalmente inofensivo para o Homem.
As suas mandíbulas de grandes dimensões, presentes unicamente nos machos, servem apenas para atraír as fêmeas (gostos não se discutem), para ameaçar outros machos e, em último caso, lutar com outro macho da mesma espécie, como se fosem dois judocas feiosos a tentarem arremessar-se mutuamente.
A dependência destes animais por árvores de folhas caduca, especialmente por carvalhos, é muito acentuada. Por isso mesmo, e porque muitos carvalhais caducifólios estão em regressão na Europa, esta espécie poderá estar (ou já estará?) em risco. Também a captura de exemplares vivos por coleccionadores tem contribuído para a diminuição das populações desta espécie.
Lucanus cervus junto a um carvalho-cerquinho na Serra de Sintra

As larvas desta espécie alimentam-se de madeira em avançado estado de decomposição, enquanto que os adultos consomem seiva de feridas e de frutos maduros.
O período larvar pode durar até 7 anos, vivendo no solo e em troncos mortos. A fase adulta é muito mais curta e dedicada grandemente à reprodução.
Nesta época do ano conseguimos observar os adultos sobre os troncos e ramos dos carvalhos.
Também podemos encontrar os machos na base destas árvores essencialmente em duas situações:
- estando mortos, poderá significar que já se reproduziram, morrendo pouco tempo depois;
- estando vivos, encontram-se geralmente debilitados, cansados e atordoados pela queda do cimo da árvore, provavelmente arremessados por um rival. Nesta situação, eles estão muito vulneraveis pois podem ser pisados ou, por ignorância e receio, ser propositadamente mortos.
Se encontrarem algum, obviamente, não o mate. Podem mesmo dar-lhe uma ajudinha recolocando-o (mesmo com a mão, gentilmente - não, ele não vos vai morder :) no tronco do carvalho ou junto dele. O máximo que vos poderá acontecer é ele levantar voo em direcção à arvore e assustar-vos, o que será muito pouco provável.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os meus carvalhos já estão crescidinhos...

Ainda não tinha dado notícias sobre as bolotas que semeei já há algum tempo...
Passaram os meses mais rigorosos de Inverno abrigadas nas escadas da minha casa num local com muito sol, tendo sido regadas com alguma frequência. Depois de algum tempo nasceram os meus quatro pequenos carvalhos.
Com a chegada do bom tempo passei os vasos para o jardim e ficam lá muito bem!


Aspecto dos vasos no meu jardim

Vaso maior (com dois carvalhos)

Vaso mais pequeno (com dois carvalhos)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Saída de campo... mas onde páram os carvalhos?

Ontem, dia 6 de Junho, as turmas A e B do 12º ano realizaram uma saída de campo nas imediações da cidade da Covilhã - entre o Jardim do Lago e a "variante" (E.N. n.º 18).
O trabalho de campo consistiu na monitorização de alguns aspectos ambientais tais como "Parâmetros ambientais: água e resíduos", "Práticas agrícolas, ocupação e utilização do solo" e " Habitats: fauna e flora".

Percorreu-se uma zona de baixa densidade populacional mas de intensa actividade agrícola, com predominância de policultura e associação de culturas.
Esta zona, se não hovesse intervenção do Homem, seria dominada por carvalhos-negrais, podendo ainda encontra-se alguns sobreiros e azinheiras.


Infelizmente, a ocorrência destas árvores é, nesta zona, completamente residual, encontrando-se apenas um pequeno núcleo de carvalhos-negrais (pouco mais de meia dúzia de árvores adultas ao longo de um percurso com cerca de 4km).
No Jardim do Lago encontramos vários carvalhos... americanos.
A sensibilização de proprietários, agricultores, arquitectos e autarcas para a valorização e preservação das nossas árvores autóctones tem um longuíssimo caminho pela frente.
Cabe a todos nós, e em especial e estes "finalistas", dar o seu contributo para esta mudança tão necessária para a sustentabilidade do nosso futuro.