terça-feira, 12 de setembro de 2017

Bolotas no verão

A maior disponibilidade de luz durante o verão favorece o processo fotossintético. Os compostos orgânicos produzidos são utilizados para o crescimento das plantas, quer da parte aérea, quer da porção radicular. Simultâneamente, ocorre o armazenamento de alimento nos diversos tecidos, em particular em órgãos de reserva.

Bolotinhas de um carvalho-negral no início de agosto, no concelho de Penamacor.
A cúpula da bolota encontra-se formada quase na sua totalidade, mas o aquénio, local onde se encontra o embrião e as reservas nutritivas, está ainda muito pouco desenvolvido.

As plantas também "investem" na reprodução nesta estação. Apesar da polinização ter decorrido, sobretudo, na primavera, há agora uma maior disponibilidade de alimento que pode ser transferido para estas estruturas dispersoras - sementes e frutos. 


 Bolotas de um carvalho-alvarinho no final de agosto, no concelho da Covilhã.
Apesar de ainda imaturas - o tom verde não engana - o aquénio atingiu o seu volume máximo.

Em termos nutritivos, as bolotas não deverão comportar muitos mais compostos orgânicos. No entanto, a maturação desses compostos, assim como das estruturas germinativas do embrião, poderão necessitar de mais algumas semanas para atingirem o máximo das suas capacidades. Por isso, há que aguardar um pouco mais para se proceder à sua recolha... Fiquem atentos!


Bolotas de um carvalho-negral em meados de setembro, no concelho do Fundão.
Algumas sementes (aquénios), apesar de ainda imaturas, começam a soltar-se da cúpula, caindo para o chão.

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